Bem-estar

Candidíase: conheça os tipos e saiba como tratar essa infecção

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Atualizado em 07.06.23

Estar com a saúde em dia é de extrema importância para que consigamos realizar as tarefas rotineiras. Quando exposto a fatores que desencadeiam determinados tipos de problema de saúde, o corpo tende a ficar enfraquecido e apresentar sintomas desagradáveis. Um desses problemas é a candidíase, infecção que costuma acometer as mulheres mas que também pode se desenvolver nos homens.

Quem explica melhor o assunto é a médica ginecologista Paula Bortolai Martins Araujo (CRM: 127.101), do Instituto Paulista de Ginecologia Obstetrícia e Medicina da Reprodução. A seguir, leia sobre os tipos, sintomas, formas de transmissão, tratamento e prevenção da candidíase.

O que é a candidíase

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Segundo Araujo, “a candidíase é uma infecção causada por um fungo que está presente no organismo das mulheres em pequenas quantidades, sem causar nenhum sintoma. Entretanto, desequilíbrios como estresse, baixa imunidade, uso de antibióticos e outros fatores ambientais podem causar seu crescimento e, consequentemente, o surgimento da infecção”.

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Este fungo, chamado Candida Albicans, normalmente se aloja na área genital feminina, mas pode ocasionar a infecção em outras áreas do corpo, como veremos abaixo:

Tipos de candidíase

  • Candidíase vaginal: desenvolve-se em mulheres com o sistema imunológico debilitado ou com a flora vaginal desequilibrada;
  • Candidíase peniana: diabetes, sistema imunológico fraco e má higiene local são os principais fatores que desencadeiam a candidíase nos homens;
  • Candidíase na pele: conhecida como intertrigo candidiásico, é um tipo de infecção que pode surgir pelo atrito entre peles. Dessa forma, a combinação de calor e umidade propicia a proliferação das bactérias e fungos. Os locais mais comuns são: axilas, barriga, pescoço, parte interna das coxas, virilhas e sob as mamas;
  • Candidíase oral: também chamada de “sapinho”, acomete crianças, adultos, idosos e diabéticos. Normalmente é contraída por meio do contato com alguém que já a possui a infecção, provocando lesões brancas na língua ou na parte interna das bochechas.
  • Candidíase de esôfago: ou candidíase esofágica, é uma infecção que costuma atingir idosos e pessoas com baixa imunidade.

Estar atenta aos sintomas da candidíase e identificá-la com antecedência é de extrema importância para o tratamento da mesma. Saiba mais sobre os sinais da infecção:

Sintomas

  • Prurido, descamação e pequenas fissuras na pele e nas mucosas;
  • No caso da candidíase vaginal, coceira na área, dor, vermelhidão, corrimento branco espesso e formação de placas;
  • Os sintomas da candidíase peniana incluem feridas, ardência, inchaço, coceira, corrimento branco e forte odor;
  • Manchas brancas na língua e dentro da boca, dor, dificuldade para engolir alimentos, ardência e vermelhidão são os principais sintomas da candidíase oral;
  • Os sintomas da candidíase esofágica são náuseas e vômitos, perda do apetite e dor abdominal, no peito e ao engolir alimentos.

Caso você perceba alguns dos sinais acima, é hora de procurar um médico que poderá diagnosticar precisamente a infecção.

Transmissão da candidíase

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Araujo esclarece que a candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível, uma vez que o fungo já existe na flora vaginal. Sendo assim, a transmissão se dá pelo contato com a pele lesionada ou com a secreção causada pela infecção.

“A candidíase se desenvolve quando há um ambiente propício para o crescimento do fungo, principalmente quando o local é úmido e quente. A queda de micro-organismos protetores devido ao uso de antibióticos, infecções genitais e sistêmicas, diabetes, HIV, doenças crônicas e gestação também favorecem o surgimento da infecção”, completa.

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Candidíase: como tratar

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A candidíase pode ser tratada com medicamentos ou por meio de remédios caseiros. Ambos podem auxiliar na cura e prevenção da infecção. Saiba mais:

Com medicamentos

Existem diversos medicamentos para o tratamento adequado da candidíase. Pomadas antifúngicas e antimicóticos de uso local costumam ser os mais recomendados pelos médicos. Araujo indica os principais:

  • Fluconazol
  • Itraconazol
  • Tioconazol
  • Miconazol
  • Nistatina
  • Isoconazol
  • Clotrimazol
  • Cetoconazol
  • Ácido bórico
  • Estradiol
  • Promestrieno

É importante ressaltar que tais remédios devem ser usados sob prescrição médica. A automedicação realizada para promover o alívio imediato dos sintomas da candidíase pode causar efeitos colaterais perigosos à saúde.

Cuidar da imunidade e da flora vaginal

A imunidade baixa e a flora vaginal em desequilíbrio são fatores que facilitam o desenvolvimento da candidíase. Fortalecer a imunidade por meio de alimentação adequada e dormir sem calcinha para impedir a proliferação de fungos são algumas medidas de combate à infecção.

Banhos de assento

Os banhos de assento fazem parte da ginecologia natural. Com chá de camomila ou bicarbonato de sódio são ideais para reduzir o prurido e a coceira vaginal, dando alívio imediato aos incômodos causados pela candidíase. Uma outra opção é diluir a violeta genciana em água para realizar o banho de assento.

Evitar relações sexuais durante o tratamento

Além dos tradicionais sintomas da candidíase, como irritação, coceira e vermelhidão na área vaginal, a mulher com a infecção pode sentir dores durante a relação sexual ou até mesmo contaminar o parceiro caso não haja o uso de preservativo. Por isso é recomendado que o tratamento seja feito por completo sem a prática de sexo.

Agora que você já conhece as principais formas de tratamento da candidíase, com e sem medicamentos, confira a seguir os meios de prevenir a infecção.

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Prevenção da candidíase

Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. A candidíase é uma infecção comum na vida das mulheres, mas que pode ser evitada ao seguir algumas dicas simples:

  • Manter a região da vagina sempre seca e ventilada;
  • Evitar contato com lycra, renda, jeans e outros tecidos sintéticos;
  • Usar calcinhas de algodão;
  • Dormir sem calcinha;
  • Seguir uma alimentação saudável;
  • Usar camisinha durante as relações sexuais;
  • Evitar o uso contínuo de absorventes internos;
  • Não fumar, não beber e manter acompanhamento médico para controle de doenças crônicas.

Como vimos até aqui, o sistema imunológico enfraquecido é uma das principais portas de entrada para o desenvolvimento da candidíase. Nesse caso, cuidar bem da saúde, seguir as dicas de prevenção acima e manter uma rotina de consultas com um médico(a) ginecologista são ações fundamentais para evitar a infecção e todos os desconfortos que ela traz. Durante a amamentação, pode surgir também a candidíase mamária.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Jornalista (11783/PR), a típica taurina, apaixonada por leitura, escrita, cinema, cultura pop e chocolate.