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A alergia à camisinha pode estar associada a alguma substância presente no preservativo, como aromatizantes, lubrificantes ou até mesmo o látex – um dos materiais mais comuns para produzir o preservativo. Para saber mais sobre o assunto, consultamos a dermatologista Isadora Rosan (CRM 176378), que falou sobre os sintomas, como cuidar e evitar reações alérgicas. Acompanhe na matéria!
Alergia à camisinha existe?
A dermatologista explica que a alergia verdadeira à camisinha não é uma doença dermatológica comum. “Não podemos confundir a alergia verdadeira ao preservativo com irritação no local após uma relação sexual, são coisas diferentes. A irritação no local pelo atrito pelo uso de alguma lubrificante íntimo ou um produto é comum. Já a alergia verdadeira ao preservativo é incomum, porém acontece!”
“E quando é uma alergia verdadeira, em geral, é devido ao látex presente nos preservativos. Mas também pode ser por algum outro componente ou até algumas substâncias, como lubrificante, aromatizante etc, que podem estar presentes no preservativo”, acrescenta. Apesar de a pele da região íntima ser mais sensível, a alergia à camisinha não é necessariamente mais comum em mulheres do que em homens.
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Sintomas da alergia à camisinha
A dermatologista apontou os principais sintomas que podem ocorrer devido à alergia ao preservativo. Confira:
- Ardor;
- Coceira;
- Irritação no local em que houve contato com o preservativo;
- Há casos que podem apresentar lesões de urticária na pele.
Isadora alerta que podem ocorrer sintomas à distância em pessoas alérgicas ao látex. Ou seja, podem surgir lesões de urticária pela pele que se manifestam como marcas avermelhadas e inchadas. Se isso acontecer, é muito importante procurar atendimento médico, pois essas lesões tendem a representar uma reação alérgica mais grave.
O que fazer quando se tem alergia à camisinha
De acordo com a dermatologista, existem medidas que podem diminuir o risco ou manejar a alergia ao preservativo. Veja abaixo quais são as orientações da profissional:
- Usar preservativos mais simples: “a primeira medida é tentar utilizar preservativos mais simples, que tenham menos aromatizantes e corantes, pois estes produtos podem sensibilizar o indivíduo e causar alergia”, orienta Isadora.
- Atentar-se ao material: a dermatologista informa que “a outra medida, caso exista uma alergia comprovada, é evitar as camisinhas de látex e trocar por outro material. Isso também tende a resolver o processo em grande parte dos casos”.
- Tratamentos em alguns casos: “o tratamento sempre envolve evitar o contato com a substância que causou a alergia. Se for apenas um quadro localizado, o tratamento pode ser com medicamentos de uso tópico. Se o quadro for extenso, podem ser necessários medicamentos orais”, explica Isadora.
Seguindo as orientações da dermatologista, é possível evitar possíveis reações alérgicas na pele da região íntima. Se você acredita que pode ter alergia à preservativos, procure ajuda médica. Para se prevenir com eficácia, saiba mais sobre os métodos contraceptivos.
Erika Balbino
Formada em Letras e pós-graduada em Jornalismo Digital. Apaixonada por livros, plantas e animais. Ama viajar e pesquisar sobre outras culturas. Escreve sobre diversos assuntos, especialmente sobre saúde, bem-estar, beleza e comportamento.