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Vamos ser diretas: não existe uma fórmula mágica para saber se o sucesso dos primeiros meses de relacionamento vai persistir por toda a vida, comprovando que o parceiro ou parceira é a “pessoa certa” para você.
Contudo, existem algumas formas de refletir sobre o futuro da relação, e a melhor delas é o diálogo entre o casal. Por isso, é preciso analisar se a pessoa que está ao seu lado fala sobre estes dez assuntos:
1. Como ele realmente se sente em relação a você
Quando o parceiro ou a parceira não é capaz de falar quais são os sentimentos dele em relação a você, isso pode sugerir que ele não está muito à vontade ao seu lado.
Obviamente não devemos esperar grandes declarações de amor eterno na primeira semana de relacionamento. Contudo, é necessário ter claro se a outra pessoa também está curtindo a sua companhia e se existe um envolvimento emocional para que você possa perceber se vocês têm as mesmas intenções.
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2. Os planos que ele ou ela tem para o futuro
Estar aberto a discutir os planos para o futuro é um sinal de comprometimento e interesse na relação. Ele pensa em abrir uma empresa? Ela está a fim de fazer um mestrado? Vocês pensam em se casar um dia?
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Se o seu parceiro sonha em mudar de país, por exemplo, você terá duas realidades bem diferentes caso ele deseje que você vá junto (e você aceite) ou caso você simplesmente nem exista nessa história. Por isso, é fundamental saber quais são os planos da outra pessoa para os próximos anos.
3. A vontade de ter filhos ou não
Você não precisa perguntar se ele tem alguma preferência sobre o nome dos gêmeos no segundo encontro, mas, em uma relação, é essencial que ambos conheçam as expectativas um do outro sobre futuros filhos.
Além de conversar sobre a vontade de ter filhos, quantos eles serão e quando vocês pretendem tê-los, é necessário que vocês debatam sobre quais serão os papéis de cada parceiro em relação aos cuidados e às finanças. Além disso, casais homossexuais precisam pensar se haverá participação genética na geração da criança, se uma das parceiras vai gestar o bebê ou se vocês preferem optar pela adoção.
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4. As expectativas em relação ao sexo
O envolvimento físico é essencial para um relacionamento, por isso você e seu parceiro ou parceira precisam se sentir completamente à vontade para conversar sobre suas preferências entre quatro paredes. Quando existe um bloqueio sobre esse assunto, o parceiro pode não ser a “pessoa certa” – ou vocês simplesmente precisam se abrir mais.
É necessário estabelecer uma boa comunicação para que ambos saibam se as necessidades do outro estão sendo supridas e possam discutir sobre os hábitos do casal, deixando claro o que agrada ou não.
5. A forma como ele ou ela lida com o dinheiro
Infelizmente, muitos relacionamentos chegam ao fim pelas diferenças na forma com que cada um dos parceiros lida com o dinheiro. A condição financeira afeta a vida pessoal, social e também a realização de metas e sonhos, por isso é necessário que ambos tenham uma visão semelhante sobre esse assunto.
Dessa forma, procure saber o que seu parceiro considera ser uma condição financeira estável e analise se vocês agem da mesma forma em relação ao estilo de vida e ao planejamento do uso do dinheiro.
6. Detalhes sobre a vida profissional
Quando estamos estressadas com o trabalho, nem sempre queremos falar sobre esse assunto em nossos momentos de folga. Porém, se o parceiro ou parceira nunca comenta nada sobre sua vida profissional, isso pode indicar um distanciamento.
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Não é preciso narrar todos os momentos do dia no escritório, mas informações sobre novos projetos, promoções e cortes de pessoal, entre outros assuntos importantes, costumam estar presentes em relacionamentos saudáveis.
7. A relação que ele tem com a própria família
É importantíssimo conhecer a relação que seu parceiro ou parceira mantém com os pais e os irmãos, pois isso ajudará você a ter uma ideia de quais são as atitudes dele como membro de uma família. Se ele não se importa muito em comparecer às ocasiões especiais, por exemplo, é possível que ele repita esse comportamento em relação a você e a futuros filhos.
Claro que existem casos em que o afastamento é justificado, mas vocês precisam estar abertos a conversar sobre as diferenças de criação e atitudes de ambos em relação às próprias famílias.
8. Os medos e inseguranças que ele carrega
Você certamente revela suas fraquezas apenas para pessoas em que você confia muito, e isso não é diferente com seu parceiro. Se ele não consegue dividir as preocupações e os medos dele com você, isso pode ser um sinal de falta de confiança – que pode ser causada porque vocês estão juntos há pouco tempo ou porque ele realmente não está tão conectado a você.
9. As pisadas na bola
Seu parceiro é apenas humano e, assim como você, também está sujeito a cometer alguns erros. O problema é quando ele não é capaz de reconhecer as mancadas, nem de pedir desculpa com sinceridade, colocando a responsabilidade por todos os desentendimentos apenas em você.
A “pessoa certa” não é aquela que nunca vai errar, mas sim a que está disposta a conversar sobre aquilo que não deu certo, pedir desculpas e encontrar uma forma de superar essa dificuldade junto com você.
10. Os relacionamentos anteriores que ele teve
Trazer à tona nomes, fotos, lembranças e todos os detalhes dos relacionamentos anteriores certamente não vai acrescentar nada de bom a vocês, mas a ausência total desse assunto pode indicar que o parceiro gostaria de manter alguma coisa em segredo.
Conversar sobre o que vocês aprenderam com experiências anteriores permite entender algumas atitudes que vocês têm hoje. E vale a pena destacar: se seu parceiro afirma que todas as ex-namoradas tinham a mais variada coleção de defeitos, eram mais maléficas que a madrasta da Branca de Neve e não valorizavam o “cara incrível” que ele era, é bem possível que a próxima “maluca” na vida dele seja você.
No fundo, não existe uma “pessoa certa”, mas sim pessoas que reúnem características que correspondem ao que você espera de um parceiro. As diferenças podem sim existir, desde que elas não sejam absolutamente limitadoras para o futuro do casal e vocês estejam abertos a conversar sobre elas. Por isso, em vez de procurar o príncipe encantado, busque alguém com quem você possa ter um entendimento sincero em relação a esses assuntos que listamos acima.
Raquel Praconi Pinzon
Formada em Letras na Universidade Federal do Paraná e MBA em Business Intelligence pela Universidade Positivo.