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Você quer saber como montar a marmita do almoço, pesquisa na internet e seu feed é dominado por conteúdos sobre proteínas e carboidratos. Você tenta descobrir quais os melhores alimentos para comprar, como prepará-los e otimizar seu tempo, mas as informações se concentram nos nutrientes. De repente tudo fica confuso, impraticável na sua rotina e você desconfia que a informação não seja confiável.
Embora algumas informações úteis possam ser rapidamente disseminadas, equívocos também são! Afinal, quem nunca ouviu falar que o iogurte ultraprocessado, cheio de açúcares, corantes e outros aditivos químicos, era milagroso para a prisão de ventre? Ou que não poderíamos mais consumir ovos por causa do colesterol ou das “gorduras ruins”? Essas e outras confusões sobre alimentação acontecem muitas vezes porque interesses comerciais estão por trás das informações. Portanto, saber identificar uma fonte confiável é o primeiro passo para se alimentar bem.
Em 2014, o Ministério da Saúde publicou o Guia Alimentar para a População Brasileira para orientar população e as políticas públicas. Você deve lembrar que, antes dele, a pirâmide dos alimentos colocava estranhamente no mesmo grupo alimentar um biscoito recheado e um doce de abóbora feito com abóbora, açúcar, cravo e canela. Mas o que mudou da pirâmide para o guia alimentar? A comida ganhou significados para além de fornecer nutrientes. Afinal, a alimentação não nutre apenas o corpo, mas também a alma, e reflete sobre nosso ambiente e as relações sociais.
Desse modo, em 2022 já não faz mais sentido usar a pirâmide dos alimentos como referência para fazer suas escolhas. O guia alimentar apresenta ótimas ilustrações que demonstram como compor as refeições além de orientações para superar as dificuldades enfrentadas na nossa rotina.
Para quem quiser se manter atualizado, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) disponibiliza para os cadastrados na newsletter ‘Tá na mesa’ conteúdos baseados no guia alimentar, dicas e receitas para uma alimentação mais saudável e sustentável. Famílias com bebês deverão acessar o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos.
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Mais um bom motivo para você acessar essas publicações é que o guia alimentar é feminista! Afinal, suas orientações deixam claro que todos no domicílio devem se envolver com a alimentação, e não apenas as mulheres!
Nutricionista doutora em Ciências e defensora do Guia Alimentar para a População Brasileira. Adora cozinhar, explorar novas culturas alimentares e fazer conexões com a natureza e as pessoas.