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A contração de treinamento ajuda a preparar o corpo para a chegada do bebê, mas pode deixar algumas gestantes assustadas. Veja a seguir o que a ginecologista obstetra do Dicas de Mulher contou sobre o assunto e saiba mais sobre esse período da gravidez.
Conheça a especialista
Dra. Karen Rocha de Pauw é médica ginecologista e obstetra, com especialização em reprodução humana e ênfase em endocrinologia da menopausa. Ela dedica sua carreira à prática da medicina empática e à disseminação de informações sobre saúde.O que são as contrações de treinamento?
Também chamadas de contração de Braxton Hicks, a contração de treinamento é uma forma corpo da gestante se preparar para o trabalho de parto. As contrações fortalecem o útero, fazendo com que o corpo se adapte e se prepare para a hora do parto.
A profissional ressalta que é importante entender que as contrações de treinamento são naturais e uma preparação do útero para o trabalho de parto, não são sinônimo de parto prematuro.
Quando ocorrem?
Esse tipo de contração pode acontecer desse o início da gestação, mas são mais percebidas a partir do final do segundo trimestre. A ginecologista complementou que no geral são indolores ou possuem a sensação de pressão, mas não conseguem provocar dilatação.
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Como ocorrem?
Se você sentir um desconforto que lembra uma cólica menstrual e sua barriga um pouco endurecida, provavelmente as contrações de Braxton Hicks estão acontecendo. Ao identificá-las, fique tranquila, pois são reações naturais do organismo e não costumam durar muito.
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Essas contrações são espaçadas, ou seja, podem acontecer uma hoje e outra daqui a alguns dias ou até mesmo várias no mesmo dia. O importante é saber que elas não são ritmadas e não evoluem para o trabalho de parto ativo.
Contrações de treinamento X contrações de trabalho de parto
Há uma série de diferenças entre as contrações de treinamento e as contrações de trabalho de parto, olha só:
Contrações de treinamento
- Desconfortáveis, porém, indolores: as contrações de treinamento são “chatinhas”, mas não causam dor. Lembram a sensação de contração do útero sentidas durante as cólicas menstruais;
- Param quando você muda de posição: você percebe que são apenas contrações de treinamento quando vira de lado na hora de dormir ou se ajeita no sofá quando está sentada e elas vão embora;
- Sem aumento de intensidade: o desconforto é aquele e pronto, não vai piorando ao longo do tempo;
- Curta duração: elas acontecem de forma espaçada e duram menos de 1 minuto.
Contrações de trabalho de parto
- Dolorosas: as contrações de trabalho de parto causam dores parecidas com uma cólica, porém bem mais intensas;
- Não param quando você muda de posição: não adianta mudar de posição ao dormir, nem no sofá, nem em pé, nem agachada… elas são contínuas;
- Com aumento de intensidade: o grau da dor também vai aumentando entre uma contração e outra. A frequência e a dor aumentam cada vez mais até o parto acontecer;
- Longa duração: as contrações de parto podem acontecer a cada 10 minutos, diminuindo o tempo entre uma e outra, até o momento do parto. Ou seja, elas possuem um ritmo de frequência bem marcado.
Além desses tipos de contração, Giana contou que exitem as contrações chamadas de pródromos do trabalho de parto. Para ela, esse tipo de contração ainda não possuem um ritmo, como nas contrações do trabalho de parto, mas já geram algum tipo de dor, diferenciando das contrações de treinamento.
Dicas para lidar com as contrações de treinamento
Não é necessário fazer nada para lidar com as contrações de treinamento, porque elas não geram dor. O importante estar informada para entender que a contração é normal que pode acontecer. Já as contrações de pródromos são mais desconfortáveis e geram um pouco de dor.
Apesar de não serem ritmadas, se movimentar, beber líquidos e tentar relaxar são as melhores formas de lidar com os pródromos. Além disso, cada corpo é um corpo, por isso é importante não se comparar com outras experiências.
Um estudo recente (1) contou que muitas gestantes confundem as contrações de treinamento com as de trabalho de parto, o que “gera mais sofrimento, desgaste e angústia, tanto nas mulheres como em seus familiares”. Esse estudo e a ginecologista ressaltaram a importância da orientação de um profissional especializado para se manter se manter informada e tranquila sobre as fases da gestação.
A gravidez é, sem dúvidas, um momento único na vida das mulheres. Várias dúvidas acabam surgindo, por isso nunca é demais se manter informada. Aproveite e leia também sobre cólica na gravidez e entenda melhor o seu corpo.
Redação
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