Dicas de Mulher
“Hoje, eu me sinto mais segura em relação ao meu corpo, e o silicone me ajudou muito. Eu acredito que, se eu não tivesse colocado, teria me arrependido bastante, porque foi um investimento em mim. Eu precisava disso.” Esse é o relato da maquiadora paulistana Inara Muniz, 24, que colocou suas próteses em novembro de 2020.
Em entrevista ao Dicas de Mulher, Inara contou que sempre sonhou em aumentar os seios, justamente por ter porte físico menor e mais magro, mas que, quando engravidou, este desejo acabou ficando na gaveta. “Tem aquela parte toda dos hormônios, quando tudo incha, daí fui deixando isso de lado. Pensei ‘ah, acho que não vou precisar colocar silicone’”.
Depois da jornada de amamentação de sua filha, que durou dois anos e um mês, o desejo ressurgiu: “Após parar de amamentar, senti a necessidade de colocar silicone, porque ficou de um jeito que eu não esperava. Então, o que me motivou foi isso”. No caso de Inara, por ter amamentado a filha por bastante tempo em um só seio, as mamas ficaram com tamanhos desiguais após o desmame e, segundo ela, isso era bastante perceptível.
O desmame se deu efetivamente em 2019, e ela seguiu pesquisando sobre o assunto, a fim de ter um panorama sobre valores, clínicas disponíveis no mercado, o processo pré e pós-operatório, entre outras coisas. Porém, somente em 2020, em meio ao auge da pandemia da Covid-19, ela se viu mais uma vez considerando verdadeiramente a possibilidade de passar pelo procedimento de colocação das próteses.
Desmame, pandemia e autoestima
Devido ao isolamento social, a pandemia intensificou os sentimentos de Inara. Conforme a maquiadora, o decorrer dos dias, com a jornada da maternidade intensificada pelas restrições de circulação impostas à sociedade na época, fazia que se olhasse repetidas vezes no espelho, sem estar 100% satisfeita com a própria imagem.
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“Eu fiquei com a autoestima muito baixa e foi algo que mexeu bastante comigo. Foi aí que eu quis muito fazer [a cirurgia], e isso me motivou a pesquisar mais. Eu pesquisava todos os dias, porque estava afetada com essa coisa da pandemia, de estar em casa, me olhando no espelho 24 horas, com criança em casa o tempo todo”.
Possíveis dúvidas e medo quanto a cirurgia
Passada a fase de ponderação sobre fazer ou não a cirurgia, a maquiadora teve de resolver detalhes pré-operatórios, como a realização de uma série de exames básicos para checar seu estado de saúde e garantir um procedimento tranquilo. No seu caso, segundo ela, esta etapa durou cerca de 15 dias, que foram bem atribulados, por ela ter sua rotina de trabalho, além de sua filha para cuidar.
Mas deu tudo certo: após os exames, Inara encarou outras questões, como o frio na barriga acerca do valor a ser investido nos implantes, além de seu receio sobre a anestesia. “Meu medo da cirurgia era a anestesia. Era uma coisa que me assustava, como se deu no meu parto também, que foi uma cesárea. Me assustava bastante”.
Porém, a empatia da equipe que lhe atendeu foi primordial: “no dia da cirurgia, a anestesista conversou comigo, explicou como seria. Na hora de aplicar a anestesia, ela foi conversando, foi super simpática e fez até um carinho no meu cabelo. Ela me acalmou e pediu apenas para eu fechar os olhos. Depois que eu fechei, já não me lembro de mais nada”.
A partir daí, com a cirurgia feita, Inara acordou no quarto. Pouco tempo depois, seu médico a visitou e lhe mostrou o resultado da colocação das próteses.
A cirurgia e seus impactos
Conforme a paulistana, o resultado visto no pós-operatório imediato já foi o esperado por ela, mas o visual definitivo, sem resquícios de inchaço, só veio por volta de três meses após a cirurgia.
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“Assim que eu saí da cirurgia e o médico veio ao meu quarto, ele tirou uma foto e me mostrou. Eu falei ‘nossa, tá lindo’, mas ainda não estava inchado. Quando eu cheguei em casa e fui tomar banho, vi que estava muito inchado. Daí falei: ‘meu deus, ficou muito grande, não era assim que eu queria’. Mas, é porque estava muito inchado. Quando passou uma semana, começou a desinchar, e pensei ‘nossa, tá perfeito, tá do jeito que eu queria, bem natural’. […] O resultado veio com uns três meses, porque desinchou bem. Foi do jeito que eu queria, ficou perfeito. Não me arrependo e, se eu pudesse, faria de novo.”
A prótese de silicone e a autoestima
Questionada sobre sua vida pré e pós-silicone, Inara relata que as próteses lhe deram mais segurança, a ponto de ela poder frequentar mais tranquila e desinibida ambientes como praia e piscina:
“Melhorou minha autoestima, porque eu me sentia muito insegura antes do silicone. Hoje, faria mil vezes, se fosse preciso, porque era uma coisa que eu queria muito e realmente precisava. Me sinto muito mais tranquila em relação ao biquíni, ir à praia, piscina, essas coisas. Antes, eu ficava meio assim, porque nunca tive o seio grande. Tive apenas na gravidez e durante a amamentação. Mas eu tinha que estar amamentando o tempo inteiro, então eu mal ia à praia, mal ia à piscina. Eu me sentia super insegura, até porque, quando eu fui à praia, minha filha tinha uns quatro meses. Meu corpo ainda estava naquele período pós-parto, sabe? Tudo muito flácido, chupetinha de leite… Me incomodava muito. Hoje, estou muito mais tranquila sobre ir à praia ou piscina, sou muito mais tranquila com biquíni, não ligo. Me sinto realizada e totalmente segura”.
Dicas para quem pensa em colocar implante de silicone
Sobre possíveis dicas que ela daria a outras mulheres que consideram colocar um implante de silicone, seja para simplesmente elevar a autoestima, por questões estéticas, para ter simetria ou fazer reconstrução das mamas, Inara frisa que “se quiserem investir, podem fazer isso sem medo, porque, se é uma coisa que elas querem, devem ir fundo nisso. Eu investi em mim, num sonho meu, pra mim, e eu não me arrependo de nada”.
Afinal, após passar por toda uma jornada que embarca a gestação, o parto e o pós-parto, amamentação e a maternidade, quando “a gente se doa muito, o tempo inteiro, […] às vezes, a gente até se anula como mulher para viver a vida de mãe”. E encerra, feliz por ter investido em si mesma:
“Foi uma coisa que eu precisava. Precisava me olhar no espelho e lembrar que eu sou mulher antes de ser mãe. Então, foi o primeiro passo para eu me sentir como mulher de novo: realizar o sonho de investir em mim e colocar a prótese de silicone. Não me arrependo, faria de novo e estou muito feliz com o resultado”.
Luana Reis
Formada em Jornalismo, é apaixonada por livros e boas histórias (ficcionais ou não). Trabalha com conteúdo e fotografia, e nas horas vagas gosta de ler, escrever e pedalar.