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O descolamento ovular é comum e diagnosticado em mais de 18% das ameaças de abortamento. Em muitos casos não apresenta nenhum sinal ou sintoma. Para saber mais sobre o assunto, o ginecologista e obstetra Dr. Fábio Broner, do Hospital Albert Sabin, respondeu às dúvidas mais comuns, citou os principais sintomas e possíveis tratamentos. Acompanhe a matéria!
O que é o descolamento ovular
O descolamento ovular, também conhecido como hemorragia subcoriônica ou hematoma retrotrofoblástico, consiste acúmulos de sangue entre a placenta e o útero e pode resultar em abortamento. “A circulação materna no interior da placenta inicia-se na periferia (margem) e está associada a fenômenos oxidativos fisiológicos que podem levar a ruptura e a formação da membrana. O desenvolvimento anormal dessa membrana pode causar hemorragias subcoriônicas, predispondo a um desfecho adverso no terceiro trimestre”, explicou o obstetra.
Sintomas do descolamento ovular para se atentar
O Dr. Fábio informou não haver necessidade de direcionar a paciente para o pré-natal de alto risco, mas ele indicou os sintomas que devem ser observados com atenção, confira abaixo:
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- Sangramento vaginal: o sangramento na gravidez ocorre nos primeiros meses e pode estar associado ao descolamento ovular. Nesse caso, a paciente pode procurar um médico, no entanto, o obstetra explicou que “o fato de se realizar essa avaliação com maior gravidade não altera o desfecho, visto que o ultrassom é para diagnóstico e não para o tratamento.”
- Dor pélvica: é muito comum as mulheres sentirem dor e cólica nesta região nos primeiros meses de gestação devido ao crescimento uterino. Mas, principalmente quando associado à sangramentos, é importante avaliar. De acordo com o Dr Fábio, “o motivo de dor em baixo ventre pode ser avaliada por meio do exame de ultrassonografia, mas também não consiste em um tratamento.” Dessa forma poderá ser confirmado o diagnóstico, qual a gravidade e saber como proceder.
Ainda não se sabe ao certo quais são as causas do descolamento ovular, porém há suspeitas de que ocorra devido às alterações hormonais na gravidez ou prática excessiva de exercícios físicos.
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Como é feito o tratamento
O obstetra informou que “pode-se iniciar o uso de progesterona, porém ainda necessita de mais estudos para comprovar a sua eficácia.” Além disso, o médico explicou que não há evidências que a indicação de repouso reduza o risco de abortamento, porém ele orienta que a paciente evite esforços vigorosos e faça repouso da mesma forma.
Dúvidas frequentes sobre o descolamento ovular sanadas pelo obstetra
Quanto tempo a paciente deve ficar de repouso?
Fábio Broner (FB): “Normalmente, o tempo de repouso estará associado ao tamanho da área de descolamento e aos sintomas apresentados.”
Como saber se foi curado?
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FB: “Recomenda-se realizar a ultrassonografia de controle a cada duas semanas para avaliar a área do descolamento.”
É normal ter o descolamento ovular no início da gravidez?
FB: “Sim. De acordo com estudos, os casos variam entre 1,3 a 13,5% de todas as gestações.”
Quem está com descolamento ovular pode ter relações sexuais?
FB: “Como citado anteriormente, orientamos o repouso, não realizar esforços vigorosos e atividade sexual para se evitar fatores confundidores.”
Quem está com descolamento ovular pode dirigir?
FB: “Não há contra indicação absoluta, porém é necessário evitar esforços físicos intensos e devemos também pensar no risco de trauma em uma colisão.”
Há casos em que o descolamento ovular não apresenta sintomas, por isso é de suma importância realizar o acompanhamento médico desde os primeiros meses de gestação. Dessa forma, qualquer problema pode ser diagnosticado e tratado rapidamente. Aproveite e saiba mais sobre candidíase na gravidez, como prevenir e tratar.
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Erika Balbino
Formada em Letras e pós-graduada em Jornalismo Digital. Apaixonada por livros, plantas e animais. Ama viajar e pesquisar sobre outras culturas. Escreve sobre diversos assuntos, especialmente sobre saúde, bem-estar, beleza e comportamento.