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Algumas mulheres acreditam, erroneamente, que fazendo ducha vaginal (ou ducha ginecológica, como também é chamada) estarão cuidando melhor de sua higiene íntima. Porém, essa medida é contraindicada pelos ginecologistas. Saiba por que não fazer ducha vaginal e confira as principais dicas para fazer corretamente a higiene íntima feminina.
O que é a ducha vaginal?
Fabiana Nakano (CRM 107.869), ginecologista da Medicina Reprodutiva Campinas, explica que o termo refere-se ao ato de lavar lá dentro do canal vaginal (a parte de dentro da vagina), quer seja com água, quer seja com produto antisséptico, sabonete íntimo ou até mesmo vinagre.
A ducha vaginal faz mal?
Sim, responde Fabiana. “A ducha tira o ambiente vaginal do seu equilíbrio. Ela muda o pH, danifica a mucosa e destrói a microbiota – a flora normal, que é responsável por proteger a vagina contra infecções. Além disso, pode causar reações alérgicas locais, introduzir bactérias e outras substâncias lá dentro”, explica a ginecologista.
Quando usar ducha ginecológica
“Nunca, nem como hábito de higiene nem como método contraceptivo. Pois, acredite ou não, tem gente que acha que a ducha vaginal pode ser usada para evitar uma gravidez após um relação desprotegida!”, destaca Fabiana.
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“Mas, vale reforçar, a ducha não evita a gravidez e, apesar da sensação de limpeza, a ducha intensifica outros desconfortos, como a candidíase”, alerta a ginecologista.
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Como fazer a higiene íntima feminina
- Higienize a região com água e sabonete neutro. Essa é a melhor maneira, de acordo com Fabiana;
- Se preferir, pode usar os sabonetes íntimos, mas, vale ressaltar que não é uma necessidade, somente uma opção;
- Tanto para quem vai usar sabonete neutro como para quem vai usar o sabonete íntimo, a orientação da ginecologista é usá-los somente do lado de fora;
- Não leve “horas” lavando a região para não retirar a proteção natural que a mulher tem na região, orienta Fabiana;
- Faça a limpeza somente com os dedos (além da água e do sabonete), já que esponjas podem ser mais agressivas para a região, e nunca esfregue demais;
- Não é recomendado também higienizar a região mais do que três vezes ao dia (sendo uma vez ao dia o suficiente).
Ou seja, a higiene íntima deve ser feita da forma mais simples possível para que o pH da região não seja comprometido, o que eliminaria a proteção natural da vagina e facilitaria a proliferação de micro-organismos nocivos.
Como fazer a higiene íntima depois da relação sexual?
A recomendação, de acordo com Fabiana, é lavar a parte externa com água e sabonete. “Lembrando que fazer xixi depois do ato sexual previne infecção de urina”, explica a ginecologista.
Agora você já sabe por que a ducha vaginal não é recomendada e tem as orientações para cuidar da sua saúde íntima da melhor maneira possível, sabendo que “o simples” é o mais eficaz nesse caso. Aproveite e esclareça suas dúvidas sobre o uso do sabonete íntimo.
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Tais Romanelli
Jornalista formada em 2009 (58808/SP), redatora freelancer desde 2013, totalmente adepta ao home office. Comunicativa, sempre cheia de assuntos para conversar e inspiração para escrever. Responsável no trabalho e fora dele; dedicada aos compromissos e às pessoas com quem convive; apaixonada pela família, por cachorros, pelo lar, pelo mar, por momentos de tranquilidade e também de agito.