Foto: Getty Images
- Baixa libido
- Quando são indicados
- Tipos
- Benefícios
- Ervas estimulantes
- Manipulados
- Contraindicações
- Produtos
- Alimentos
O sexo deveria ser sempre um momento de prazer entre o casal. Porém, por diferentes motivos, pode acontecer de, vez ou outra, a pessoa não se sentir satisfeita com o ato sexual. É nessas horas que, muitas vezes, um estimulante sexual – encontrado hoje facilmente à venda – pode ser uma boa alternativa.
Atualmente, existem muitos estimulantes sexuais femininos que agem de diversas maneiras e que podem auxiliar aquela mulher que está tendo dificuldades para se sentir satisfeita com o sexo ou, simplesmente, incrementar a relação entre o casal.
Mas, antes de conhecer esses estimulantes sexuais femininos, é muito importante entender um pouco mais sobre o que é o sexo e, então, quando e como esses produtos poderão ser úteis em uma relação.
O que pode dificultar o prazer sexual da mulher
Roberta Struzani, especialista em ginecologia e sexualidade do Personare, comenta que é a concepção de sexo para uma mulher é diferente da de um homem, assim como varia de mulher para mulher dependendo da experiência sexual, do seu histórico. “A mulher geralmente precisa estar bem resolvida com ela mesma para que consiga ter bons resultados na cama, para que consiga se entregar para o sexo e sentir prazer”, diz.
Para que isso aconteça, de acordo com a especialista, alguns fatores estão envolvidos: a autoestima, a autoconfiança, o clima do momento e qual a relação com a outra pessoa. “Se ela está com o marido, ela precisa estar bem resolvida com ele. Se houver algum conflito com esse homem, talvez uma discussão ou problemas com os filhos, o homem tem maior facilidade de se desligar da discussão e conseguir fazer um sexo sem envolver os problemas. A mulher tem mais dificuldade, embora isso dependa do nível de testosterona no corpo dela. Quanto mais desse hormônio tiver no corpo, mais ela vai se desligar dos problemas casuais e, dessa forma, se sentirá confortável para se entregar na cama”, explica.
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“Agora, por exemplo, se a mulher está fazendo sexo com um parceiro casual, apenas por satisfação e desejo sexual, o que vale mais é a relação com ela mesma”, acrescenta Roberta.
A especialista explica que existem vários problemas de disfunção sexual. “A mulher pode sentir dificuldade de ter o desejo, ela não liga para isso, o que está muito relacionado aos problemas psicológicos ou hormonais. Outras mulheres têm problema durante a estimulação. O que acontece? Ela já está com o parceiro na fase das pré-eliminares e, de repente, diminui completamente a libido, então fica se forçando a sentir alguma coisa. Isso é uma disfunção sexual. Além disso, também existe a anorgasmia, que é a dificuldade de se chegar ao orgasmo ou a ausência de orgasmo”, diz.
Roberta destaca que as causas de todos esses problemas são muito parecidas e costumam envolver questões hormonais ou psicológicas, como o excesso de responsabilidade, baixa autoestima, amamentação e remédios. “Alguns medicamentos (principalmente antidepressivos) interferem na satisfação sexual, diminuindo a lubrificação vaginal e o prazer. A produção da prolactina, hormônio que produz o leite da amamentação, inibe a dopamina, hormônio do prazer, o que acaba diminuindo a procura por sexo e o prazer sexual. Mulheres que produzem menos testosterona e estrogênio também podem ser afetadas, assim como mulheres na menopausa”, diz.
Quando os estimulantes são indicados?
Roberta explica que o estimulante geralmente é até indicado quando a mulher tem um bloqueio psicológico ou uma disfunção sexual muscular. “Mas é muito importante consultar um médico ginecologista para entender a real causa do problema e descobrir se o estimulante realmente será eficaz no seu caso”, diz.
Ela acrescenta que algumas mulheres têm a musculatura vaginal (Map – musculatura do assoalho pélvico) enfraquecida, fazendo com que o orifício vaginal seja mais aberto. “Nesses casos a penetração não causa tanto atrito, de modo que a sensibilidade é diminuída tanto para o homem quanto para a mulher. O estimulante não ajuda num caso como esse, pois é necessário fortalecer a região com contrações vaginais diárias. O estimulante vai potencializar o desejo, não o prazer”, explica.
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Os diferentes tipos de estimulantes sexuais femininos
Existem diversos estimulantes atualmente no mercado. Roberta fala sobre os principais deles:
Cosméticos: “vão diretamente na região genital e no clitóris para aumentar a vasodilatação local e, por consequência, a sensibilidade e o prazer”, explica a especialista.
Adstringente vaginal: de acordo com Roberta, esse tipo é bastante popular, pois deixa o canal vaginal inchado e mais fechado, aumentando o atrito e o prazer.
Ingeríveis: Roberta explica que também existem aqueles que devem ser ingeridos e têm a mesma função. “Os ‘industriais’ são bastante populares. Eles podem ser encontrados na forma líquida ou efervescente e devem ser misturados na bebida – contanto que não seja gasosa. Ainda é possível encontrar no mercado um tipo de estimulante que vem em lata, uma bebida com aroma de ferormônio – o que atrai o sexo oposto. A maior parte desses ‘energéticos’ possui combinação de extratos naturais que aumentam a disposição, concentração e o apetite sexual”, diz.
Benefícios do uso dos estimulantes
Roberta destaca que, primeiramente, é necessário saber se a pessoa não tem nenhuma disfunção que acabe atrapalhando o desempenho do estimulante. Se este não for o caso, conforme destaca a especialista, o estimulante é ótimo para:
- Quem tem a libido baixa;
- Aumentar o prazer numa relação.
“Como a maior parte dos estimulantes elevam o nível de testosterona e a disposição para o sexo, é fácil notar o benefício no desempenho sexual e no ânimo do dia a dia. Muitas mulheres experimentam orgasmos múltiplos quando utilizam estimulantes sexuais”, destaca Roberta.
Vale ressaltar, porém, que um estimulante sexual não fará “milagres”. É fundamental estar bem consigo mesma e com o parceiro naquele momento para sentir mais prazer e ficar de fato satisfeita com o sexo.
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Principais ervas estimulantes para as mulheres
Canela, cravo, guaraná, catuaba, ginkgo biloba, marapuama, taurina, entre outras, são ervas e especiarias consideradas afrodisíacas, ou seja, que trazem desejo sexual, de acordo com Roberta.
Abaixo você conhece um pouco mais sobre as principais ervas/especiarias consideradas estimulantes:
Guaraná e taurina: são para aumentar a disposição. “Eles agem aumentando o vigor do corpo e a energia”, diz a especialista.
Cravo, canela e maracuama: são afrodisíacos. “Ou seja, trabalham com a resposta do corpo, com o hormônio, o débito cardíaco e o aumento da vascularização na genital, o que acaba aumentando também a lubrificação vaginal”, explica Roberta.
Canela: de acordo com Roberta, ela é tão positiva para o corpo feminino que, quando uma mulher está com problema para menstruar, basta tomar chá de canela, que isso vai ajudar o fluxo a descer mais rápido. “Ela também tem uma propriedade muito próxima ao corpo feminino e acaba mexendo com o estrogênio – hormônio feminino -, assim como a essência de amora, que pode ajudar na libido da mulher”, diz.
Catuaba: é um alimento afrodisíaco que estimula o desejo sexual e aumenta a libido.
Tribulus: promove aumento da libido (maior receptividade a estímulos sexuais).
Ginkgo biloba: ajuda a melhorar a circulação do sangue nos vasos sanguíneos, aumenta a resistência sexual e a sensibilidade na área genital.
Ginseng: tem ação estimulante sobre os órgãos sexuais.
Estimulantes sexuais manipulados
Algumas farmácias trabalham com estimulantes sexuais manipulados. Nas fórmulas geralmente são utilizados tribulus, ginseng, taurina, catuaba, ginkgo biloba, maca peruana, entre outras ervas/especiarias.
Contraindicações dos estimulantes sexuais
Roberta fala sobre as contraindicações e cuidados com os estimulantes sexuais femininos:
- Para os hipertensos, é necessário ter cuidado na hora de utilizar o estimulante, pois alguns deles aumentam o débito cardíaco.
- O estimulante sexual também aumenta o metabolismo, o que pode prejudicar uma pessoa com disfunção metabólica.
- Os estimulantes mexem muito com o organismo, por isso, qualquer pessoa que tenha algum problema de saúde deve consultar um médico para descobrir se vão ser prejudiciais ao organismo.
“Cada estimulante tem uma propriedade diferente, alguns são mais afrodisíacos e outros têm componentes com hormônios sintéticos, por isso, é preciso consultar o médico. No entanto a maior parte dos estimulantes é natural, por isso, a contraindicação não é muito grande, apenas cuidado caso tenha hipertensão ou doença metabólica”, acrescenta a especialista.
10 estimulantes sexuais femininos
Na galeria abaixo você conhece alguns estimulantes sexuais femininos:
Foto | Produto | Descrição | Preço |
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Confira o preço | |||
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“Existem diversos tipos de estimulantes, e eles são encontrados em sexshops, farmácias, sites de venda e até em feiras, onde você pode encontrar estimulantes mais naturais”, acrescenta Roberta.
Existem estimulantes caseiros ou alimentos afrodisíacos?
Há quem diga que um bom estimulante sexual (caseiro) é o suco de morango com melancia. Isso porque as propriedades afrodisíacas do morango e da melancia se combinariam nesta receita.
Mas será que existem, de fato, alimentos /combinações de alimentos que agem como estimulantes sexuais?
Melissa Setubal, coach em alimentação do Personare e especializada em saúde da mulher, destaca que existem vários mitos em torno dos alimentos que estimulam a atividade sexual e que são afrodisíacos. “Nos dias de hoje podemos nos fazer valer da ciência para nos ajudar a encontrar alimentos ricos em certos nutrientes que são peças-chave na nossa libido”, diz.
A coach em alimentação explica que, muitas vezes, a falta de libido pode estar ligada à falta desses nutrientes no organismo. “Não é que comendo apenas uma vez vamos observar seus resultados, já que é preciso se alimentar consistentemente para conseguir reverter o quadro de deficiência nutricional. Além do fato de que a expressão de nossa sexualidade, em grande parte, também está ligada à nossa saúde emocional”, diz.
De qualquer forma, acrescenta Melissa, as pessoas podem contar com certos alimentos para ajudar. “A alimentação pobre em nutrientes, junto com o estresse, provoca uma baixa nos níveis de testosterona, zinco e vitaminas do complexo B. Muitos alimentos que são ricos nessas substâncias tão necessárias para nossa libido são as já conhecidas comidas afrodisíacas, como as ostras. Mas como nem todo mundo gosta ou tem dinheiro para bancar isso todo dia, existem opções fáceis de encontrar e mais em conta”, explica.
Abaixo, Melissa cita alguns desses alimentos já conhecidos como afrodisíacos:
- Morango
- Banana
- Figo
- Melancia com semente
- Abacate
- Semente de abóbora
- Amêndoas
- Amendoim
- Aspargos
- Aipo
- Pimenta vermelha
- Sardinha
- Quinoa
- Arroz integral
- Chocolate 70% cacau ou cacau em pó
- Noz-moscada, entre outros.
Então, lembre-se: seguir uma alimentação balanceada também é importante quando o assunto é desejo/satisfação sexual. Mas, é claro, os estimulantes sexuais estão aí disponíveis, nas mais variadas versões, para ajudar aquelas mulheres que buscam mais prazer com o sexo ou, simplesmente, querem incrementar os momentos a dois.
Porém, vale ressaltar, em caso de dúvidas ou dificuldades na hora do sexo, a mulher não deve hesitar em procurar ajuda do seu ginecologista.
Tais Romanelli
Jornalista formada em 2009 (58808/SP), redatora freelancer desde 2013, totalmente adepta ao home office. Comunicativa, sempre cheia de assuntos para conversar e inspiração para escrever. Responsável no trabalho e fora dele; dedicada aos compromissos e às pessoas com quem convive; apaixonada pela família, por cachorros, pelo lar, pelo mar, por momentos de tranquilidade e também de agito.