A cada onda, a surfista Maya Gabeira prova que é capaz de quebrar os próprios recordes. A carioca coleciona feitos inéditos por onde passou: desde Alasca, Havaí até se firmar nas ondas de Nazaré, em Portugal. Conheça a história recordista mundial de ondas gigantes!
Quem é Maya Gabeira?
Maya Reis Gabeira nasceu no Rio de Janeiro em 10 de abril de 1987, filha de um escritor e uma estilista. Começou a surfar aos 14 anos ao matricular-se em uma escola de surfe na praia do Arpoador, Rio de Janeiro. Começou a competir um ano após iniciar os treinamentos e logo em seguida mudou-se para o Havaí, onde decidiu dedicar-se ao surfe de ondas gigantes.
Em 2018, bateu o recorde de maior onda surfada por uma mulher em Nazaré, Portugal. Atingiu a marca de 20,72 metros e foi parar no livro dos recordes, o Guinness Book. Seu feito foi maior ainda em 2020, em que superou o próprio recorde e atingiu 22,4 metros.
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O que ela fez pelo esporte brasileiro?
Referência no esporte mundial, Gabeira deu muita visibilidade ao surf brasileiro, especialmente o feminino, ao conquistar feitos inéditos em grandes ondas. O pioneirismo do surf feminino no Brasil foi com a norte-americana naturalizada brasileira Margot Rittscher em 1936.
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Desde então, Brigitte Mayer foi a primeira surfista brasileira profissional da história e a primeira a disputar uma etapa do Circuito Mundial em 1990. Já Andrea Lopes foi a primeira brasileira a conquistar um título, em 1991. Jacqueline Silva e Silvana Lima foram vice-campeãs mundiais e abriram espaço para que Maya se afirmasse como a maior representante do surfe brasileiro da atualidade.
10 curiosidades sobre a maior surfista mulher de ondas gigantes
Descubra mais sobre Maya Gabeira, para além de seus recordes e pioneirismo:
1. Primeira mulher a surfar no Alasca
Em uma expedição realizada com outros surfistas, Maya saiu das águas do Havaí e mergulhou pelas águas geladas do Alasca, tornando-se a primeira mulher a realizar o feito lá em 2008.
2. Foi responsável pela criação da categoria feminina de surf no Guinness World Records
Ao bater seu primeiro recorde como primeira mulher a surfar no Alasca, Maya Gabeira deu origem a categoria no livro dos recordes, que até o momento só registrava as ondas surfadas por homens.
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3. Venceu Billabong XXL Global Big Wave Awards por quatro vezes consecutivas
Apenas 3 anos após ter se profissionalizado, Gabeira foi premiada com a melhor performance entre mulheres. O feito se repetiu durantes quatro anos consecutivos, sendo somente interrompida pela havaiana Keala Kennelly em 2011, voltando a ganhar em 2012.
4. Treina apneia estática na piscina e mergulho livre no mar
Para enfrentar as ondas gigantes, Maya começou a treinar apneia estática na piscina, técnica de suspensão voluntária da respiração dentro d’água. Ela também pratica mergulho livre no mar, conhecido como freediving, que consiste em mergulhar sem o uso de equipamentos e dispositivos de respiração, visando melhorar seu desempenho no esporte.
5. Venceu o prêmio ESPYS na categoria feminina de Melhor Atleta de esportes de ação
Premiação realizada pelos canais EPSN, o ESPYS celebra os melhores atletas todos os anos. Em 2009, Maya Gabeira venceu o prêmio na categoria feminina de Melhor Atleta de esportes de ação.
6. Fez intercâmbio para a Austrália aos 15 anos
Aos 15 anos fez um intercâmbio para a Austrália e pode viver a experiência do surfe em outro país. Retornou ao Brasil, já imersa no esporte, e começou a competir profissionalmente.
7. Sofreu um acidente surfando em Teahupoo, no Havaí
Em 2011, encarou as ondas Teahupoo no Taiti. Após sofrer uma queda, levou várias ondas na cabeça e foi resgatada desacordada.
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8. É apaixonada por cachorros
Entre fotos na água e treinamentos, as redes sociais da surfista são preenchidas com fotos de seus cachorros, Naza e Stormy, que a acompanham em suas aventuras.
9. Ficou cinco anos em recuperação após um acidente em Nazaré
O acidente grave aconteceu na praia de Nazaré, em 2013. Ela estava treinando para bater o recorde mundial da maior onda já surfada em Nazaré, de Garrett McNamara. Ao cair da onda, ficou inconsciente e fraturou o tornozelo. Ela ainda precisou realizar cirurgias e procedimentos na coluna como consequência do acidente e só conseguiu voltar a surfar alguns anos depois.
10. Sua história em documentários
Dois documentários contam a história da atleta e como ela conseguiu voltar após o grave acidente em Nazaré. “Eu, Maya Gabeira” é uma minissérie documental produzida pelo canal Off e “Return do Nazaré”, produzido pela Red Bull.
Gabeira abriu as portas para muitas surfistas e faz história nas águas de Nazaré. Que tal conhecer o legado da vela feminina com a história impactante de Martine Grael?