Bem-estar

Não tenha medo: abrace a menopausa com carinho e cuidado!

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Atualizado em 26.10.23

A menopausa é uma fase de mudanças, já que traz sintomas novos para vida de quem menstrua. Segundo a ginecologista e cosmetoginecologista Renata Guidoni, “a menopausa é a interrupção permanente da menstruação por mais de um ano, que ocorre devido à falência dos ovários com a diminuição de produção hormonal”. Renata e Isabela Rangel, ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, explicam mais sobre esse processo natural e seus sintomas.

O que é menopausa?

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Isabela Rangel explica que a menopausa é um processo biológico natural. É o tempo que marca o fim de seus ciclos menstruais. Ou seja, é a falência completa dos óvulos e o fim da fase reprodutiva da mulher. A fase de transição é conhecida como climatério, que antecede a menopausa. Nesse período o organismo deixa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios progesterona e estrogênio.

Sintomas da menopausa

De acordo com a Dra Renata, a menopausa passa por dois estágios. O primeiro caracterizado como pré-menopausa ou climatério, (período de 3 a 5 anos que antecedem o término da menstruação) e o segundo sendo a menopausa em si, quando há a ausência definitiva da menstruação por mais de um ano. Algumas mulheres ainda podem sofrer de menopausa precoce, que é a ausência da menstruação antes dos 40 anos. Confira abaixo a lista de sintomas da menopausa:

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sintomas da menopausa

Dicas de Mulher

  1. Fogachos: calores noturnos principalmente no rosto com sensação de queimação;
  2. Sudorese: excesso de suor principalmente no rosto e nos membros superiores;
  3. Dores: dor de cabeça frequente, nas articulações, no trato urinário e na vagina;
  4. Insônia: dificuldade para dormir;
  5. Secura vaginal: dificuldade de lubrificação que pode provocar dor durante as relações sexuais;
  6. Incontinência urinária leve: perda involuntária da urina;
  7. Alterações de humor: sintomas de ansiedade, nervosismo, exaustão mental, irritabilidade e, em alguns casos, depressão;
  8. Peso: possível ganho ou perda de peso;
  9. Menstruação: menstruação ausente, irregular ou anormal;
  10. Pele: alterações na pele, que pode ficar seca ou com textura diferente da normal.

Se identificou com alguns dos sintomas citados? Confira no próximo tópico como identificar se você está entrando neste novo período da vida ou não

Como saber se estou na menopausa?

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Se você tem mais de 40 anos e apresenta alguns sintomas dentre os já citados, procure o ginecologista para uma avaliação. Os sinais, sintomas e a idade variam de mulher para mulher e, portanto, é preciso uma análise individual que só o seu médico poderá fazer.

Isabela diz que o diagnóstico da menopausa é basicamente clínico, através dos sinais e sintomas citados acima. “Porém, algumas mulheres necessitam realizar exames de dosagens hormonais para descartar outros distúrbios que possam causar a amenorreia, que é a ausência de menstruação.” Mulheres que foram submetidas à histerectomia (retirada do útero), por vezes, também precisam realizar dosagens hormonais para confirmar a menopausa.

Mas não tenha medo, a seguir, as ginecologistas falam um pouco dos melhores hábitos e tratamentos para reduzir os sintomas mencionados.

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Convivendo com a menopausa

As mulheres na menopausa podem apresentar uma queda importante na qualidade de vida. Para que os efeitos negativos da deficiência hormonal sejam reduzidos, alguns hábitos devem se tornar prioridade, segundo Isabela. Atividade física regular (musculação, pilates, natação, caminhada, etc), alimentação balanceada e controle do peso corporal são alguns dos pontos de atenção. “Além disso, outras medidas não-farmacológicas podem ser instituídas, como fisioterapia pélvica e ioga”, cita.

Tratamento

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Os tratamentos para menopausa têm em vista melhorar a qualidade de vida da mulher que passa por essa fase. Segundo Isabela, existem casos em que os medicamentos estão indicados, entre eles: reposição hormonal sistêmica, estrogênio vaginal, antidepressivos, clonidina, suplementação de cálcio e vitamina D. Entre os tratamentos medicamentosos, temos a terapia de reposição hormonal, aplicação de estrogênio e medicamentos não hormonais, confira mais no tópico a seguir.

Terapia de reposição hormonal

A reposição hormonal pode ser feita com estrógeno ou a combinação de estrógeno com progesterona. O ideal é que seja feita entre os 50 e 59 anos e no máximo até 7 anos após surgirem os primeiros sintomas para que o tratamento seja mais seguro.

Aplicação de estrogênio

A aplicação de estrogênio é utilizada para amenizar a secura vaginal, usado em creme na própria área da vagina.

Medicamentos não hormonais

São indicados para mulheres que não querem ou não podem recorrer à terapia hormonal. Normalmente agem em sintomas específicos, por exemplo, para combater as ondas de calor excessivo.

Existem tratamentos alternativos?

“Laser vaginal e radiofrequência vaginal são tratamentos não hormonais que podem auxiliar no alívio de alguns sintomas geniturinários, como atrofia vaginal e ardência vaginal, urgência urinária e dor durante as relações sexuais”, explica Guidoni.

Menopausa precoce

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Algumas mulheres podem apresentar os sintomas do climatério muito cedo e entrarem na menopausa antes dos 40 anos. É a chamada menopausa precoce. Ela não é muito comum. De acordo com Isabela, cerca de 1% das mulheres experimentam a menopausa antes dos 40 anos (menopausa prematura ou falência ovariana precoce – FOP).

A FOP pode resultar de insuficiência ovariana primária – quando seus ovários deixam de produzir níveis normais de hormônios reprodutivos – decorrentes de fatores genéticos ou doenças autoimunes, de quimioterapia ou radioterapia, de ooforectomia (retirada dos ovários) bilateral, e outras causas mais raras como infecções (caxumba, varicela, Shigella e malária), deficiência enzimática e modulação intraovárica (defeitos dos receptores de gonadotrofinas).

A menopausa é uma fase inevitável na vida de qualquer pessoa que menstrua e, claro, o processo de mudanças é algo que precisa ser abraçado com carinho e atenção. Por mais que os sintomas sejam desagradáveis, existem tratamentos que contribuem para o alívio dos sintomas e para a estabilização dos níveis hormonais.

Por isso, buscar orientação adequada e zelar pela própria saúde com hábitos saudáveis sãos os principais caminhos para conquistar a qualidade de vida. Confira a matéria sobre musculação feminina e comece agora a cuidar do corpo com exercícios físicos.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Jornalista por formação, atuo desde 2015 com Marketing Digital, Produção de Conteúdo e Mídias Sociais.