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Também conhecida como pimenta-preta, a pimenta-do-reino é um dos temperos mais utilizados no Brasil e no mundo. Segundo a nutricionista Ana Paula Moura, ela é considerada um nutracêutico, ou seja, um alimento capaz de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e o tratamento de doenças, contando sempre com comprovação cientifica. De sabor picante, esta especiaria possuir variedades de cores e sabores, adicionando mais sabor aos alimentos.
Originária da Índia, este tempero é utilizado desde a Antiguidade, tendo maior procura a partir do século XIV, quando a dificuldade em obtê-lo aumentou o seu valor, tornando-se parte da história mundial devido as expedições em busca de especiarias, as quais inclusive mudaram o mapa mundial, possibilitando a descoberta de novos países. Atualmente o Brasil é um dos maiores produtores deste tempero.
Os benefícios que a pimenta-do-reino oferece
Muito utilizada na medicina alternativa, a pimenta é rica em ferro, cálcio, zinco, potássio, magnésio, cromo, manganês e vitaminas A e C. Confira a seguir alguns dos benefícios proporcionados pelo seu consumo de acordo com a nutricionista:
Função antioxidante: ela é capaz de diminuir a produção de radicais livres, substâncias tóxicas que podem trazer alguns malefícios ao organismo, como facilitar o aparecimento de células cancerígenas.
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Ação termogênica: “assim como a maioria das pimentas, este tempero tem um efeito emagrecedor, já que acelera o metabolismo, resultando em um aumento do gasto calórico”, explica a profissional.
Efeito anti-inflamatório: segundo Ana Paula, existem vários estudos que comprovam esta ação da pimenta-preta, aliviando até sintomas de doenças reumáticas como artrite e artrose.
Melhora o estado de humor: como esta especiaria ajuda a estimular a produção de serotonina, ela promove uma sensação de felicidade, causando uma melhora do humor.
Melhora a absorção de alguns nutrientes: “ela possui uma ação que aumenta a biodisponibilidade de alguns nutrientes como betacaroteno, selênio e vitaminas do complexo B, os quais são absorvidos com mais eficácia na presença de piperina”, revela a nutricionista.
Ajuda para uma melhor digestão: sua ação no trato gastrointestinal faz com que aumente a produção de ácido clorídrico, que melhora a digestão das proteínas, evitando sintomas de má digestão.
Ativa o sistema circulatório: seu poder de acelerar o metabolismo ajuda a ativar o sistema circulatório, aliviando dores e prevenindo problemas vasculares.
Estimula a memória e atividades cognitivas: este efeito se dá pela presença da piperina, substância a qual estimula comunicações nervosas.
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Tempero de uso recorrente, adicionar a pimenta pode realçar o sabor dos alimentos, além de garantir todos os benefícios acima mencionados. Basta adicionar pequenas porções nas refeições e comprovar seus efeitos.
Os perigos da pimenta-do-reino
Em relação as contraindicações desta especiaria, a nutricionista destaca que pessoas alérgicas a este tempero devem evitá-la. A única ressalva em relação a seu consumo frequente seria devido ao seu ardor, devendo “ser evitada por pessoas que possuem problemas gástricos como gastrite, úlceras, diverticulite e hérnia de hiato”, complementa Ana Paula.
Os diferentes tipos de pimenta-do-reino
Apesar de sua versão mais conhecida ser a pimenta-preta, existem algumas variações desta especiaria. Da espécie Piper nigrum é possível se utilizar a pimenta-verde, branca e preta, todas em um diferente estágio do mesmo grão. Já a pimenta-rosa diz respeito a uma espécie a parte. Confira a seguir as diferenças e características de cada uma delas segundo a nutricionista:
Verde: esta é obtida através da colheita imatura do grão, o qual será desidratado e colocado em salmoura para seu consumo. Esta é a versão mais aromática do grão.
Branca: adquirida a partir da colheita do grão já maduro, o qual será descascado e posto para secar.
Preta: variação mais utilizada, é garantido com a colheita do grão imaturo, o qual passará por um processo de fermentação, devendo então ser posto para secar.
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Rosa: fruto da aroeira, não é derivada da mesma espécie que a pimenta-preta. Também chamada de falsa pimenta, esta não possui sabor picante, sendo aromática e muito utilizada para decoração culinária.
Fatores como picância, aroma e usos culinários se alteram de acordo com a variação escolhida. Dentre as mais populares estão a pimenta-preta e a branca, onde ambas passam por um processo de secagem ao sol.
Formas de uso
Se comumente utilizada em receitas salgadas, cada vez mais opções doces possuem seu sabor realçado a partir da adição desta especiaria. Encontrada facilmente no mercado, confira as opções mais comuns de consumo deste ingrediente:
Em grãos: segundo a profissional, esta é a melhor maneira de consumir a pimenta-do-reino. “As suas inúmeras propriedades são preservadas dentro dos grãos e liberadas a cada vez em que esta for moída para uso imediato no alimento”, orienta.
Moída: apesar de ser a forma mais prática, a qual já que vem pronta para o consumo, Ana Paula revela que esta forma de apresentação vai perdendo as propriedades culinárias e terapêuticas com a industrialização, devendo ser evitada.
Existe ainda a possibilidade de utilizar os grãos inteiros para aromatizar pratos, além de deixar o visual mais belo e convidativo. Vale soltar a imaginação e adicionar este ingrediente, tanto em preparações doces quanto salgadas.
Com propriedades benéficas para a saúde, assim como as outras espécies de pimentas, a pimenta-do-reino pode ser consumida diariamente, desde que em doses moderadas, por quem não possui doenças do trato digestório. Com sabor picante e aroma marcante, é capaz de incrementar o sabor de qualquer prato.
Ana Kordelos
Gosto de me definir como uma pessoa plural. Curiosa por natureza, apesar da formação na área da saúde, sempre fui apaixonada pela escrita. Produtora de conteúdo, passo horas e horas pesquisando e desvendando o universo mágico feminino.