Dicas de Mulher
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O que vem à mente quando você pensa na palavra “comunicação”? Se conversar com alguém pessoalmente, dar um recado fazendo uma ligação de voz ou vídeo, enviar uma mensagem por meio de alguma rede social, informar um fato mediante uma publicação em uma plataforma etc. foram algumas das opções que vieram à sua mente, você pensa semelhante à mineira Rozália Del Gáudio, importante voz feminina na área da Comunicação no Brasil, com vasta atuação em empresas de grande porte. A grande questão é: para que fim vamos nos comunicar?
Essa notável comunicadora é doutora em Sociologia pela Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne, instituição onde também obteve o master em Sociologia e Antropologia. Fez mestrado em Administração de Empresas e possui graduação em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Sua carreira na área de Comunicação é extensa. Começou ainda em 1993 na metalúrgica Alcan e inclui empresas como Aperam, Vale, CCCE, Grupo Votorantim, C&A, McDonald’s e Localiza. Além disso, junto a Paulo Henrique Soares, escreveu o livro ‘Sem megafone, com smartphone: práticas, desafios e dilemas da comunicação com os empregados’.
Para Del Gáudio, “comunicação é compartilhamento”, de ideias, informações, expressões e sentimentos. No que diz respeito às organizações, destaca que essa habilidade humana pode ganhar contornos institucionais e formalizações, dando sentido às narrativas que se quer contar ou construir. “Quando bem conduzida, a comunicação contribui para promover proximidade, confiança, segurança, afetividade e vínculos duradouros entre pessoas e marcas”, explica.
Em entrevista exclusiva ao Dicas de Mulher, Rozália Del Gáudio conta onde nasceu seu interesse pela área, quais desafios enfrentou, principais aprendizados, fala da importância das mulheres ocuparem espaços em empresas e dá dicas para quem visa dar sentido à sua carreira e sua história.
Antes mesmo dos anos 90, quando ainda tinha apenas 14 anos, Rozália Del Gáudio queria ser jornalista e já pensava no vestibular. O motivo parece, ao mesmo tempo, simples e nobre: desejava contar histórias porque era apaixonada por elas.
“Adorava escrever, adorava ouvir histórias das pessoas, adorava estar, de alguma forma, bem informada. Eu sonhava em ter uma máquina de escrever portátil (naquela época computador era algo bem futurista), viajar pelo mundo para conectar e contar histórias das pessoas”. – Rozália Del Gáudio
Como ainda tinha alguns anos pela frente até que pudesse cursar Jornalismo, começou a se preparar, sua primeira formação foi datilografia. Pensava que, assim, poderia “datilografar rápido e poderia contar histórias mais rápido”. Sua escolha por essa área foi muito natural, portanto, quando assunto é escolher uma profissão, a comunicadora declara a importância de se fazer o que gosta.
Dica: Tente entender o que você gosta de fazer, porque a profissão vai te acompanhar por muito tempo. Escolher uma área porque acha que vai te dar ascensão, um retorno financeiro mais imediato, pode não ser uma boa decisão.
O início da caminhada de Rozália pela área da Comunicação é divertida e até mesmo bonita, mas logo nos primeiros passos houve um grande desafio: seus pais não gostavam da ideia de ter uma filha jornalista. Tentaram fazê-la mudar de ideia, mas não adiantou.
“Eles não imaginavam ninguém como jornalista na família, por entenderem que era um mercado mais restrito em Belo Horizonte. Os grandes veículos ficavam em São Paulo e Rio de Janeiro. Se preocupavam com a possibilidade de eu me dedicar, fazer um curso universitário e não encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho, ou um mercado muito nichado”, relembra.
Durante a faculdade de Jornalismo na UFMG fez projetos de pesquisa e estágios. Isso se deu não só porque estava estudando o que gostava, mas porque queria provar que o Jornalismo era uma boa área: “Desde o primeiro ano da faculdade comecei a procurar estágio porque também queria me manter, ser independente e provar que era possível ser jornalista.”
Em sua mente, tinha claro que estava estudando para ser uma jornalista no sentido de investigar, escrever e contar histórias. No entanto, seu último estágio foi em uma empresa, onde conheceu a comunicação empresarial e viu uma porta diferente se abrir.
Quando estagiou em uma mineração subterrânea de ouro, com mais de duzentos anos de existência, Rozália Del Gáudio comenta que descobriu algo muito interessante: “o poder que a comunicação podia ter para melhorar as questões de segurança, relacionamento e a imagem da organização”.
Para ela, esse poder se materializa à medida que nós “ouvimos as pessoas e passamos a ser porta-voz delas, gerando processos de mudança para a empresa”. Foi a partir dessa experiência que se apaixonou verdadeiramente pela área de comunicação.
Em seu primeiro trabalho, na Alcan, atuou na comunicação interna da empresa. Era uma multinacional canadense, que mudou de nome algumas vezes, e que tinha um processo de comunicação interna e com a comunidade de Ouro Preto (MG), bastante avançado para a época. “Foi uma grande escola”, destaca a jornalista.
Pouco tempo depois, recebeu um convite para trabalhar em outra região do interior de Minas, em uma siderúrgica chamada Acesita (hoje Aperam South America). A empresa havia acabado de ser privatizada e passava por um processo de modernização quanto à tecnologia, gestão e formatos de trabalho. Nessa experiência, declara que “além de estar muito exposta a questões de gestão e de inovação, passei a ficar muito mais curiosa por comunicação”.
Nessa época, Rozália vislumbrava uma mudança grande nos processos produtivos e “queria saber como isso poderia impactar a relação das pessoas com o trabalho, bem como a inovação poderia garantir o futuro de uma empresa”. Ao presenciar um fenômeno no setor industrial, que era a mudança no trabalho manual para o automatizado, destaca que precisava estudar esse acontecimento, pesquisá-lo para propor soluções mais aderentes e estratégicas. Assim, decidiu que iria se preparar para os novos patamares e demandas organizacionais, em uma formação diferente. A opção foi voltar para Belo Horizonte, e se inscrever no mestrado em Administração de Empresas
Ao ser aprovada no mestrado, teve que dar uma pausa à carreira corporativa. Durante dois anos, dividiu-se entre a bolsa de pesquisadora, projetos de consultoria e as aulas, parte obrigatória da formação acadêmica.
Tinha planos bem traçados, mas a vida é repleta de surpresas: “Meus planos eram ficar dois anos me aprimorando e depois voltar para a comunicação empresarial. Mas no último semestre do curso eu me casei, em seguida defendi a dissertação e meu marido, Manuel, que conheci na Aperam, foi convidado para trabalhar na sede da empresa em Paris, como expatriado”.
Assim, surgiu a oportunidade de fazer um doutorado fora do país. Não estava nos planos, mas Solange Pimenta, sua orientadora na época, aconselhou a seguir por esse caminho, afinal acompanharia o marido e teria suporte e condições diferenciadas para seguir a formação acadêmica. Enquanto refletia sobre o que fazer, Solange viajou para Paris e de lá ligou dizendo para dar a notícia: “Você está matriculada no doutorado”.
Por sua vez, Rozália só conseguia pensar no que teria que fazer, quais seriam os próximos passos para se adaptar a tantas mudanças, um casamento, um novo país, um doutorado, mas também pensou na importância de ter pessoas que ajudam e incentivam a crescer!
Dica: É preciso aproveitar as oportunidades, avaliar e considerar diferentes caminhos, mas é também fundamental ter por perto pessoas que se conectem com seus planos e, de alguma forma, estejam ao seu lado para que eles se viabilizem.
A jornalista teve que aprender a falar em francês em seis meses. Além disso, lembra que ficou “tão pilhada” que não perguntou no que seria o doutorado. Apenas quando chegou na França soube que seria na Sociologia.
A história é longa, mas necessária para ressaltar que foi a partir do contato com a Sociologia que Rozália se aprimorou cientificamente acerca da relação das pessoas com o trabalho e afinou sua visão sobre sustentabilidade.
“No início dos anos 2000, o doutorado num Instituto voltado ao Desenvolvimento Econômico e Social me abriu um horizonte muito grande e uma visão muito ímpar sobre alternativas para que continuássemos produzindo e consumindo, mas com mais equilíbrio nas questões ambientais e sociais”, conta.
Dica: Se é para fazer algo em sua carreira, faça por inteiro e da melhor forma possível. Pode haver outros planos, um B, C e D, mas o que você está fazendo ali, nesse momento, é o plano A.
Rozália fez o doutorado em três anos, tempo que seu marido ficaria na França. Voltou ao país com doutora, com a mais alta menção na Sorbonne e uma boa produção acadêmica. Procurou oportunidades como professora, fez concursos para universidades federais e enviou currículo para praticamente todas as faculdades, mas nenhuma instituição a chamou.
Mais uma vez, a vida a surpreendeu. “Eu precisava trabalhar, não podia ficar parada. Então, resolvi começar a buscar algo em Comunicação também e um dos primeiros currículos que mandei após isso foi pra CCCE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). E deu certo. Voltei para a área de Comunicação”, recorda Rozália. Ela complementa, ainda, com uma reflexão: “às vezes, você tem um plano e o altera no meio do caminho, mas a vida te coloca nos trilhos se aquilo for para o seu bem”.
A partir desse retorno, vieram anos de grande crescimento na carreira. Após a empresa CCCE, Rozália Del Gáudio passou a trabalhar na Vale. Assim, aproveitou novamente sua experiência do início da carreira. Era uma empresa de alto crescimento, diversificação e internacionalização. Nela, liderou alguns projetos para que a comunicação fizesse a diferença nesse contexto.
Durante o período na Vale, Rozália viveu em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, enquanto o marido partiu para uma segunda expatriação, no México. No seu retorno ao Brasil, decidiram que iriam viver em São Paulo, e novamente Rozália recomeçou a carreira, dessa vez, no grupo Votorantim.
A comunicadora estava se adaptando ao novo local e relembra: “Achei que minha vida estava organizada, amarradinha, no setor de infraestrutura e indústria. Até que veio outra surpresa da carreira”.
Esse fato inesperado era o convite para trabalhar na C&A, empresa no ramo de moda, onde não imaginava que passaria longos anos de sua vida. O cargo inicial era gerente de comunicação corporativa, mas sua trajetória se expandiu para outras áreas, como a gestão de ética, relações institucionais, sustentabilidade e relações sindicais.
Para que pudesse trabalhar nessas diversas áreas, Rozália definiu seu método de trabalho: fazia um diagnóstico, seguido de benchmarking, e depois uma análise do processo à luz do contexto da organização, o que indica a todas as profissionais em cargos de liderança:
Dica: Se você recebeu um novo desafio, faça um diagnóstico, como que está o cenário hoje na área, o que outras empresas te contam, o que outros colegas estão fazendo. Traga para a casa uma proposta, discuta, ajuste e faça um plano de implementação.
Sem dúvida, a área de sustentabilidade, hoje uma de suas especialidades, foi seu maior desafio na C&A. A respeito desse convite, comenta: “Eu sempre trabalhei muito próxima à sustentabilidade, porque quando se está nas áreas de mineração, indústria pesada e energia, precisa comunicar como a empresa está operando e gerenciando seus impactos, sejam os positivos para gerar transformações, seja também os impactos negativos da operação. No entanto, apesar de eu ter até estudado no doutorado questões sociais e ambientais, nunca tinha lidado com essa área especificamente”.
Depois desse ciclo de nove anos na empresa, Rozália Del Gáudio aceitou o desafio de trabalhar no McDonald’s, uma das dez marcas mais valiosas do mundo. Seu objetivo era contribuir para que a reputação da empresa se consolidasse cada vez mais, especialmente junto ao público jovem e conectando 50 mil colaboradores. “Foi a mesma história, procurei entender como é que é o negócio, quais são os desafios, o que os colegas de outras empresas fazem, como é se opera e como a comunicação poderia contribuir.
Do McDonald´s, a comunicadora seguiu para a Localiza, em Belo Horizonte, ou seja, incluiu um novo setor na sua experiência, o de serviços e mobilidade. “Foi um desafio bacana, repensar a estratégia de sustentabilidade num momento de muitas transformações na empresa e contribuir para um novo patamar da comunicação, mas depois de dois anos senti que precisava voltar para casa, em São Paulo”.
Narrar a história de Rozália é pensar na palavra “flexibilidade”. Seu sucesso na carreira tem como chave essa disponibilidade e prontidão para abraçar os desafios. No entanto, há também às pessoas e aos processos, buscando entender como funciona cada negócio.
“Um ponto que me ajudou muito foi gostar de entender do negócio da empresa, para ser uma boa profissional, entregar uma comunicação adequada e contribuir de forma estratégica”, comenta. No entanto, foi na atenção às pessoas e processos que seu espírito de flexibilidade encontrou um solo seguro para tornar-se uma grande líder.
“Eu sempre procurei entender “o por quê as coisas eram feitas”, ou seja, se eu estava trabalhando na siderurgia, eu ia falar com o engenheiro para entender como se operava um alto-forno. Se eu estava trabalhando na mineração, eu ia à mina entender como ela funciona, quais os desafios, quais eram as condições, como as pessoas que trabalhavam ali viviam o seu dia a dia de trabalho”. – Rozália Del Gáudio
A jornalista destaca que migrar para setores tão diversos não foi planejado: “Eu imaginava que, por ter trabalhado em mineração, siderurgia e setor elétrico, estaria predestinada a ser uma profissional de comunicação corporativa, na indústria pesada e de infraestrutura”. Acerca de transições na carreira, aconselha que é preciso acreditar na vida e nas oportunidades – inclusive as que não chegaram ainda, somente assim esse processo pode ser gratificante e inspirador.
Dica: Não seja rígida. Muitas vezes é no novo, é no frio na barriga, é no não planejado que está um grande aprendizado.
Rozália destaca que, 20 anos depois, é fácil dar a dica sobre a carreira, mas enquanto você está vivendo uma transição não é tão simples: “Na época, estava cheia de dúvidas. Foi algo completamente novo. Eu já tinha uma certa experiência profissional, mas me permiti ser uma iniciante, com todo peso de ser uma, mas fiz daquilo o meu plano principal”.
“Durante muito tempo eu tive dificuldade de lidar com o conflito e com discussões mais diretas”, assim começa Rozália quando o assunto é aprendizado. Sua experiência em diversos segmentos a fizerem aprender que o papel da pessoa na área da Comunicação pode exercer é, também, fazer alguns conflitos se tornarem mais evidentes para serem resolvidos.
Dica: Dialogar não necessariamente significa terminar com um convencendo o outro, é mais válido permitir que ambos possam trazer suas opiniões e as opiniões conviverem”.
Ainda sobre esse aprendizado, menciona que não se deve contornar os conflitos, mas olhá-los como algo natural das relações humanas. “Você não vai deixar de gostar ou deixar de ser gostado pelo outro se você tiver opinião divergente. Se determinada opinião pode ser colocada, expressa, com uma intenção genuína, ela deve saber conviver com outras visões, outras ideias”.
E quando se trata das mulheres, segundo Rozália, há “uma tendência de esperar que sejamos promotoras de consenso, e não de dissenso”. Diante disso, defende que temos que nos posicionar. “É preciso aprender a conviver com o contraditório, com a divergência, dentro de um ambiente de respeito e de liberdade de expressão, sempre mantendo o foco no melhor para as pessoas e para as organizações”.
Em relação à presença da mulher na área de comunicação, a jornalista ressalta que normalmente tem mais mulheres do que homens. No entanto, em suas experiências profissionais, esteve em ambientes onde o cenário era o oposto: eu era uma mulher comunicadora num ambiente onde a maioria era homem.
Nessas experiências nas quais a maioria era homem, Rozália Del Gáudio conta que teve outro grande aprendizado: “para você se fazer ouvida, tem que falar a língua do outro, e não ser o outro. Não precisa adotar uma postura com características masculinas, não precisa deixar de ser mulher, mas tem que usar o repertório que o outro entenda”.
Dica: Uma forma de se fazer ouvir é buscar repertório, buscar conhecimento do negócio em que atua, conhecer bem o interlocutor para se conectar e criar vínculos de confiança. Afinal, quando as pessoas estão mais próximas, elas passam também a se entenderem e se ouvirem mais.
Para Rozália, na condição de uma líder, coordenadora ou gestora, é preciso ter segurança e certeza do que estamos trazendo em uma reunião, por exemplo, mas se precisarmos recuar, que recuemos. “Não no sentido de ‘bater em retirada’, fugir da discussão, mas para entender melhor o ponto de vista do outro, porque está sendo apresentada determinada visão”.
É preciso fluidez e leveza, mas também carregar em si “a certeza de que se estamos ocupando um espaço é porque podemos ocupar, é nosso também, estamos ali porque podemos”, complementa a comunicadora.
Se eu encontrasse comigo mesma há 20 anos, falaria: “Deixe fluir, abrace feliz as oportunidades e faça delas a melhor possível. Se ela chegou para você, alguma coisa de bom vai ter”.
Destaca que é preciso ter otimismo, seguir em frente e acreditar que no fim vai dar certo. Essa é uma visão de vida que descobriu, no entanto, ao longo do tempo. “Às vezes, só estamos numa encruzilhada, em um momento no qual as coisas parecem mais difíceis, mais complexas, parecem não ter solução, mas, se ficamos paralisados e rígidos, nada vai ser solucionado mesmo”, pontua.
Ainda em relação a sua história, exemplifica: “Se eu tivesse ficado rígida, pensando ‘eu tenho doutorado, tenho que ser acadêmica’, talvez até conseguiria algo em dois ou três anos, mas veja quantas histórias incríveis teria deixado de viver em Comunicação”.
Dica: Ter a humildade de ser um iniciante de novo, de aprender, vivi esse frio na barriga várias vezes e foi demais.
Rozália destaca que em toda carreira existem dúvidas, cobranças e o olhar do outro também. Para ela, às vezes até temos a convicção de que dará certo, mas tem uma expectativa e um olhar do outro, o qual temos que administrar.
Para isso, “precisamos estar conectadas com o nosso sonho e o nosso propósito. Temos que considerar o que as pessoas que gostam da gente falam, mas, no fundo, a vida é nossa”.
Trabalhar é uma atividade que toma boa parte do nosso tempo e se torna a maior parte da nossa socialização e contato com o outro, mas onde estamos quando precisamos descansar, nos desconectar da labuta diária ou mesmo viver novas experiências?
Os últimos anos de trabalho na C&A trouxeram à Rozália a vontade de fazer alguma coisa criativa e autoral. Lembrou que sempre gostou de fotografia, desde o curso de jornalismo. Pontua que hoje esse “é um hobby muito sério e me dá muita alegria, porque permite captar instantes de vida, de beleza, às vezes onde ninguém vê”.
Começou fazendo cursos nos finais de semanas e foi até à Nova York, para um workshop com fotógrafos da ‘National Geographic’. Até que em setembro deste ano, ao encerrar sua trajetória na Localiza, imprimiu pela primeira vez suas fotos e fez uma mostra, chamada ‘Floral e Feminino’ em Campinas.
Também conseguiu realizar o sonho de dar aulas. “Eu estou com uma disciplina no MBA da ABERJE e FGV e outra no Programa de Pós-Graduação, em Gestão Estratégica da Comunicação da USP”.
Outro hobby da jornalista é viajar para lugares que a colocam em contato com novas experiências e diferentes formas de viver. Adora escutar música de diversos tipos, pois acredita que o estado de espírito nos conecta com um ritmo musical, e gosta muito de artes visuais.
“Gosto muito de ver coisas diferentes, olhar outras referências, às vezes isso te ajuda a sair de alguns dilemas que está enfrentando e te ajuda a trazer solução também. Às vezes, até no próprio trabalho. Você fica tão engessada no escritório, aí vai numa exposição, ver um show, ouvir uma música, e volta com a cabeça limpa, ou tira uma ideia a partir daquilo ali”, conta Rozália.
Por fim, mas não menos importante, a comunicadora tem dois cachorros e ama passar o tempo cuidado deles.
A partir de imagens de diversos momentos memoráveis e inspiradores, conheça um pouco mais sobre a trajetória da jornalista:
Fez Letras, mas se encontrou na área de Comunicação. Mediadora do clube de leitura #LeiaMulheres e autora do livro de poemas 'O rio seco que vive em mim'. Gosta de planta, de bicho e de gente, mas mais ainda de histórias.